abril 13, 2010

Um dia a gente aprende!

Hoje é terça-feira, ontem eu mal levantei da cama porque estava passando mal, tenho dois trabalhos da faculdade para entregar e ambos estão pela metade. Tenho que lavar os pratos, arrumar a bagunça que meu cão fez, cumprir com meus deveres de líder de turma, estudar pra prova de amanhã entre outras mil setecentos e setenta e sete coisas.
Mas eu parei tudo e vim escrever pensando em uma grande amiga. E faço isso não simplesmente e exclusivamente porque alimento este afeto e considero-a como uma irmã. Também me identifico com o jeito dela lidar com algumas situações, nesse caso, com relacionamentos. Já fui exatamente como ela.

Estar com uma pessoa que te faz bem é uma das melhores sensações que existem. Se essa relação vai além da amizade, você sai da realidade e começa a sonhar um pouco mais. No início tudo é perfeito. Mas lembra daquela frase "Ninguém é perfeito"? Pois é. Comigo também é assim.
Por carência afetiva, acabamos idealizando, imaginando a pessoa de acordo com as nossas necessidades, o que é um equívoco. Exceções a parte, é por isso que a maioria das pessoas se decepciona ou não consegue manter uma relacionamento saudável.
Somos humanos e isso implica em ter defeitos. Inúmeros. Pequenos e grandes. Irritantes e relevantes. Notáveis e discretos. Lembre-se disso.
A arte da convivência. Essa é a base dos relacionamentos. E isso não é uma verdade absoluta e universal. É a MINHA verdade. Quem concordar comigo, make yourself at home. Cheguei a essa conclusão com base nas minhas próprias experiências e também pela alheias. Não é fácil lidar com as diferenças, mas também não é impossível. É um trabalho a longo prazo. Não espere que as coisas mudem em uma semana, um mês. Exige paciência e persistência. E bastante diálogo. Não adianta exigir que alguém seja de um jeito se ela não compreende isso. Ou seja, é necessário que tudo esteja claro e que ambos façam sua parte. Conversem. Combinem. Paciência. Persistência.

Se nada disso der certo, você pode apelar pra oração, promessa e etc. Embora eu, por enquanto, afirme categoricamente que isso depende 99,9% da pessoas envolvidas. Se seu parceiro(a) não quer mudar, mesmo sabendo que certas atitudes não lhe deixam bem, você vai ficar sofrendo, chorando? Definitivamente, não! E também não acho que você deva mudar seu jeito a ponto de deixar de ser quem você é só pra agradar e manter a harmonia. Vocês decidiram estar juntos porque se faziam bem. Se agora já não se fazem bem, não há muita opções pra escolher...

By the way, se o desfecho for o da separação, não se desespere! Sei que dói, também já morri por causa de amor algumas vezes e olha só, estou aqui escrevendo sobre isso. Assim como a minha amiga-irmã, já fui dormir chorando e acordei em prantos, achei que o fim do relacionamento coincidiria com o fim do mundo, que eu iria ficar sozinha pro resto da vida (tá, eu admito que ainda penso assim em alguns momentos). Mas nada como um dia após o outro, a oportunidade de descobrir novos motivos, trabalhar o amor-próprio, cuidar de si mesmo, Maysar, arriscar, supreender-se, fazer uma reforma em si mesmo e acima de tudo, aprender!

PS. Amiga-irmã, te amo! Finalizo aqui com Renato Russo:
"Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!"